Melhores momentos do bate-papo com Sandra Feliciano, brasileira pré-selecionada pra uma viagem só de ida a Marte


Cerca de 200 mil pessoas se candidataram para o processo seletivo que irá escolher 24 pessoas para, possivelmente, estabelecer a primeira colônia humana em Marte. Mas só uma brasileira passou para a segunda etapa da seleção: Sandra Maria Feliciano, uma professora de 51 anos que vive em Porto Velho, Rondônia.
Nesta quarta-feira (25), GALILEU promoveu um #FacetoFace com a Sandra - uma espécie de entrevista coletiva, realizada pelo Facebook, em que fãs da nossa página na rede puderam tirar suas dúvidas sobre o processo seletivo e sobre a viagem (só de ida!) ao planeta vermelho. 
O que leva alguém cogitar a ideia de viajar para um lugar sem oxigênio e longe de todos os parentes e amigos? (por Adrieli Vieira)
Sandra: A possibilidade de viver uma experiência muito diferente de qualquer outro ser humano, de realizar alguma coisa que nunca foi feita antes. Poucas pessoas, durante a sua existência, possuem a certeza de fazer alguma coisa útil por todas as gerações seguintes. Temos essa certeza nesse projeto, é uma honra poder participar disso tudo. Quanto ao amor, ele nao sucumbe com a ausência física, tenha certeza.
Por que você acredita que a humanidade deva colonizar outros corpos celestes como Marte? (por André Jorge Oliveira)
Porque não vamos parar de crescer e os recursos do nosso planeta estao se esgotando lentamente. É necessário buscar novos espaços para ocupar e novos recursos.
Você tem algum receio, caso seja escolhida é claro, de encontrar algum ser vivo que possa oferecer risco a "visitantes" em Marte? (por Alisson Medina)
A possibilidade de vida em Marte existe e deve ser parte da pesquisa que vamos realizar. Obviamente, se encontrada qualquer especie deve ser isolada e nao teremos contato direto com ela. Uma vida alienigena - de qualquer tamanho -, pode ser prejudicial à existência humana e isso deve ser tratado com muito cuidado
Como aconteceu o processo de seleção e quais as próximas etapas? (por Vivianne Oliveira)
O processo foi de separar, dentre os mais de 200 mil candidatos, aqueles que apresentavam um perfil próximo do desejado. Foram 1058 pessoas que passaram, posteriormente, por exames fisicos e restaram somente 705. Esse grupo foi reduzido para pouco mais de 600, agora para 100 e, posteriormente, irá para 40 e no final 24 pessoas (12 casais).
Por que se interessou pelo programa de colonização e como se sente com a perspectiva de que pode ser uma das selecionadas e nunca mais voltar à Terra? (por Ulli Cabral)
Eu descobri o programa durante uma pesquisa para um dos meus livros. Eu escrevo ficção científica e a principio fiquei um tanto cética. Depois que me informei vi a viabilidade técnica da proposta e me inscrevi porque esse sempre foi meu sonho. E se você tem a oportunidade de realizar o seu sonho, não pode dar as costas a isso
Caso você faça parte dos 12 casais, você pretende manter um blog, um diário online, algo que possa mostrar pra gente como é colonizar um novo planeta? (por Isabel Pereira Leite)
É minha pretensão manter um blog, criar um diário para sustentar novas equipes com informação e continuar escrevendo minha ficção científica.
Cara, lá em Marte tem Twitter? (por Felipe Silva)
Vamos ter um link de comunicação, com delay de aproximadamente 3 a 22 minutos, dependendo da posição de Marte em relaçao a órbita da Terra. Será possível usar as redes sociais, mas nenhuma comunicação in real time será possível.
Você acredita que a viagem vai acontecer mesmo? (por Angelo Varela)
Sim, antes de me candidatar analisei profundamente a viabilidade técnica da proposta e o corpo de pessoas que participam do projeto. Todos são pessoas experientes e que participaram de outros projeto aeroespaciais (Gemini, etc) e os fornecedores sao os mesmos que dao suporte para a NASA e ESA, além da ISS.
Você tem medo? (por Natasha Brandão)
Um homem sem medo é um insano. Claro que tenho.
Fonte: Revista Galileu
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