Área 51 - Chegando à Área 51

A maioria das pessoas que trabalha na Área 51 viaja para lá em Boeings 737s ou 727s sem identificação. Os aviões saem do Aeroporto Internacional de McCarran em Las Vegas, localizado do outro lado da rua do Hotel e Cassino (em inglês) Luxor. A EG&G, empresa de defesa contratada, é dona do terminal. Cada avião usa a palavra "Janet" seguida por três dígitos como um sinal de chamada para a torre de controle do aeroporto.

O espaço aéreo acima da Área 51 é conhecido como R-4808 e é restrita a todos os vôos comerciais e militares não originados da própria base (exceto os aviões Janet que transportam as pessoas que trabalham lá, é claro). A Área 51 é considerada parte da Base Edwards da Força Aérea, na Califórnia, ou da Nellis Air Force Range, em Nevada, ainda que pilotos de ambas as bases sejam proibidos de voar no espaço aéreo da Área 51. De fato, os pilotos que voam em uma das zonas neutras ao redor da R-4808 comprovadamente são punidos por seus comandantes, porém de maneira bastante tolerante. Sempre que um piloto voa através de uma zona neutra, o exercício de treinamento imediatamente cessa e o piloto recebe ordens para retornar à base. Voar conscientemente na R-4808 é uma ofensa muito mais séria e os pilotos podem enfrentar os tribunais, resultando em dispensa sem honra e período na prisão.

Os militares classificam a Área 51 como uma Área de Operação Militar (MOA, Military Operating Area). As fronteiras da Área 51 não são cercadas, mas são marcadas com mastros cor de laranja e placas de aviso. As placas informam que tirar fotografias não é permitido e que ultrapassar a propriedade resulta em multa. As placas também sinalizam essa sóbria nota: a segurança está autorizada a usar força letal contra as pessoas que insistirem em ultrapassar os limites. Rumores circulam entre os teóricos de conspiração sobre quantos caçadores da verdade morreram como resultado de andarem ao redor da Área 51, porém, a maioria acredita que as pessoas que infringem essa regra são tratadas de maneira bem menos violenta.

Pares de homens que não parecem ser militares patrulham o perímetro. Esses guardas provavelmente são civis contratados. Observadores os chamam de "cammo (sic) dudes" (tipos camuflados) porque eles geralmente vestem camuflagem de deserto. Os cammo dudes geralmente dirigem em volta da área com veículos de tração nas quatro rodas, olhando para todos que estejam próximos dos limites da Área 51. Supostamente, suas instruções são evitar contato com intrusos, se possível, e agir meramente como observadores e dissuadores. Se alguém parecer suspeito, os cammo dudes ligam para o xerife local para que ele cuide do suspeito. Esporadicamente, os cammo dudes se confrontam com invasores, supostamente apreendendo qualquer filme ou outro dispositivo de gravação e intimidando-os. Às vezes, helicópteros dão apoio adicional. Há rumores de que os pilotos de helicóptero ocasionalmente usam táticas ilegais como sobrevoar bem baixo sobre os invasores para intimidá-los.

Foto cedida Glenn Campbell
Os infames "cammo dudes"

Outras medidas de segurança incluem sensores fincados ao redor do perímetro da base. Esses sensores detectam movimento e alguns acreditam que eles podem até discernir entre um animal e um ser humano. Como a Área 51 é efetivamente uma área de preservação de vida selvagem, era importante criar dispositivos de aviso que não pudessem ser facilmente enganados por um animal de passagem. Uma teoria sustentada pelos observadores é que os sensores podem detectar o odor da criatura que está passando (os sensores detectam uma assinatura de amônia). Ainda que isso precise de embasamento, é fato que existem sensores enterrados ao redor da Área 51. Chuck Clark, um morador de Rachel, descobriu vários sensores, e em um certo ponto a Força Aérea o acusou de interferir com dispositivos de sinais e ordenou que ele devolvesse um sensor que estava faltando ou pagasse uma multa. Clark aparentemente cumpriu a ordem.  

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