3 - O que dizem os céticos

A opinião dos céticos é simples: todos os círculos encontrados até hoje, foram feitos por homens. Provas e documentação neste sentido não faltariam. Um dos principais argumentos dos cerealogistas é de que os círculos mais complexos já encontrados - como o Triple Julia Set - não poderiam ser feitos pelas pessoas que os assumiram, simplesmente porque não haveria tempo para isso (as noites de verão inglesa tem apenas 4 ou 5 horas). Entretanto vários grupos já fizeram círculos de extrema complexidade diante de câmeras para programas de televisão em até 4 horas.

Um dos grupos mais famosos de fazedores de círculos ingleses entitula-se "The Circlemakers" e é formado por Rod Dickinson, Jonh Lundberg, Wil Russel e Rob Irving. Seu site www.circlemakers.org contém extenso material sobre todo o fenômeno, entendido por eles como um fenômeno cultural e não místico. Neste local pode-se encontrar um guia das técnicas e materiais utilizados para a construção dos círculos, detalhes (como explicações de como é a brisa batendo nas fitas usadas para marcação que gera os sons estranhos relacionados aos círculos) e dicas, tais como a escolha do melhor local, onde estacionar o carro durante a noite e especialmente como enganar os cerealogistas fazendo o círculo parecer "genuíno".

Sobre as alegadas transformações sofridas pelas plantas no interior dos círculos, os céticos dizem que o único estudo sério até o momento, conduzido pelo biofísico Dr. Levengood possui sérias falhas na maneira como foi conduzido e que suas interpretações dos resultados são tendenciosas (Levengood afinal é defensor da teoria que os círculos são criados por vórtices de plasma). Segundo Joe Nickel, pesquisador do CSICOP (Committee for Scientific Investigation of Claims of the Paranormal), a única conclusão a que o Dr. Levengood chega em seu artigo é de que existe uma correlação entre as alterações celulares e estruturais das plantas e a sua posição no interior do círculo. O problema é que correlação não implica em causalidade como provou o matemático John Allen Paulos ao mostrar, por exemplo, que existe correlação entre a habilidade matemática e o número do sapato de um grupo de estudantes ("Statistics Often Misused to Cite Links as Causes," Lexington Herald-Leader (Lexington, Ky.), January 5, 1995.).
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